sábado, 14 de março de 2009

Doação de medula óssea;um ato de grandeza

Transplante de medula óssea; muitos já ouviram alguma coisa relacionada a isso pelo menos uma vez na vida, entretanto, minoria tem conhecimento de como é realizada a doação e por que essa grande demonstração de amor ao próximo é tão importante pra salvar vidas.
A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por "tutano", que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
O transplante é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula. Leucemias agudas e crônicas, anemias, mielomas múltiplos e outras doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças auto-imunes tem indicação ao TMO (Transplante de medula óssea).
Durante o tratamento, a medula do paciente e destruída com altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia. Isso faz com que o sistema imunológico fique sem capacidade de reconhecer e destruir a medula sadia do doador.
O transplante pode ser autogênico, quando a medula ou as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Alogênico, quando a medula ou as células provêm de um outro indivíduo. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
Algo que impede as pessoas de se disponibilizarem a fazer a doação é o modo como ela é realizada. Após um exame clínico detalhado para comprovar a compatibilidade entre doador/receptor, a doação é feita por meio de uma pequena cirurgia, de aproximadamente 90 minutos, em que são realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 10%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.
Por se tratar de um procedimento cirúrgico que necessita de anestesia geral, é necessário tomar todos os cuidados de um pós-cirúrgico. As dores que incomodam por alguns dias, são controladas por analgésicos.
O paciente recebe a nova medula por meio de transfusão de sangue. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Episódios de febre são quase uma regra no paciente transplantado. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário, por vezes, o comparecimento diário ao hospital.
Outro grande obstáculo a ser vencido é a questão da compatibilidade tecidual entre doador e receptor. É feita uma análise laboratorial com exames específicos a partir de amostras de sangue. As chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 35%.Quando não existe nenhum parente compatível,a solução é procurar nos Bancos de Doadores de Medula Óssea em que voluntários do mundo todo estão cadastrados.Hoje já são mais de 5 milhões de doadores,número que ainda é pequeno em relação ao número de doentes que precisam de um transplante.
A doação pode ser feita por qualquer pessoa entre 18 e 55 anos em bom estado de saúde e representa muito mais que um ato de amor ao próximo, é uma demonstração de grandeza, pois quem está doando a medula, está também devolvendo a esperança de viver a um doente. Vale muito a pena doar um pouquinho de si para salvar vidas.


BIBLIOGRAFIA:

www.inca.gov.br (Site do Instituto Nacional de Câncer)

Nenhum comentário:

Postar um comentário