sexta-feira, 13 de março de 2009

Células-tronco: Até que ponto é válido eliminar uma vida humana em potencial para salvar outra?

As pesquisas com a manipulação de embriões estão no centro de debates do mundo inteiro e este assunto de grande polêmica é tratado de diferentes maneiras dependendo do país.
Aqui no Brasil, em 29 de maio de 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão que trouxe alívio para pessoas com Parkinson, Alzheimer, doenças cardíacas, diabetes, lesões na coluna, leucemia e cânceres que viram nesta decisão a chance de cura, porém juntamente com esta conquista aumentaram as críticas da Igreja Católica e de diversos grupos religiosos.
O STF liberou o uso de células-tronco embrionárias obtidas de fetos humanos fertilizados in vitro, considerados inviáveis para a procriação, entretanto com a destruição do feto, as necessidades científicas são afetadas pela ética e, principalmente, pela religião.
A partir do momento em que ocorre a fecundação, o embrião já pode ser considerado um ser humano com todos os direitos, e para a igreja, manipular um embrião – independente de idade ou tamanho-é considerado aborto.
De acordo com Marimélia Porcionatto, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ainda conhecemos pouco sobre o funcionamento das células-tronco e não dominamos completamente as técnicas de controle sobre elas. Se sua imensa capacidade de multiplicação não for restringida, uma das possibilidades é que elas deem origem a tumores.
Críticos baseiam-se também em dois argumentos: é possível pesquisar células-tronco que não exigem a manipulação de embriões: as células umbilicais e as da medula óssea. A pergunta que fica é por que, então, não se concentrar nessas linhas de pesquisas que não agridem princípios religiosos?
O que se sabe é que essas células capazes de se transformar em diversos tecidos do organismo humano, independente de ser embrionária ou não, se for realmente comprovada e testada com sucesso em seres humanos, provocará uma verdadeira revolução na vida de milhões de pessoas que veem nessas pesquisas, a esperança de uma vida normal.

BIBLIOGRAFIA:
Guia do estudante,Atualidades vestibular 2009

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